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Câmara de Lisboa anuncia medidas para poupar água

Esta quarta-feira, dia 15 de Novembro, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa anunciou um conjunto de medidas tendo em vista a poupança de água, que considerou fundamental no contexto da seca que se vive no País.

Entre as principais medidas apresentadas, serão encerrados os lagos e fontes com ligação directa à rede e há zonas cuja rega será interrompida ou reduzida. Também nos cemitérios, a Câmara compromete-se a detectar e reparar as fugas de água existentes.

Estas decisões foram apresentadas pelo presidente Fernando Medina, acompanhado pelo vereador da Estrutura Verde e Energia, José Sá Fernandes, em conferência de imprensa realizada na Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara. Ali, Medina esclareceu que apesar de Lisboa não ser das cidades mais afectadas pela seca prolongada que se regista no país, com a totalidade do território em “Seca Severa” ou “Seca Extrema”, as medidas anunciadas pretendem demonstrar um sentido de “responsabilidade na poupança de recursos e na promoção de soluções ambientalmente sustentáveis”.

Num documento que o Município disponibiliza online (num endereço que pode encontrar no final desta notícia), e além das medidas a ser tomadas, pode ler-se que “a CML é responsável por 15% do consumo total na cidade e por 32% do consumo não doméstico. As regas e lavagens de ruas representam 75% do consumo da autarquia”.

Entre as fontes que não utilizam exclusivamente água reciclada, contam-se a Praça do Império, a Fonte Luminosa da Alameda ou a cascata do Parque das Nações. As fontes que não recebem água da rede pública manter-se-ão, em princípio, em funcionamento.

São exemplos de locais em que a rega será totalmente suspensa as áreas circundantes da Segunda Circular e da Avenida Lusíada.

Fernando Medina também acrescentou que estão a ser feitos contactos com as juntas de freguesia para que os mesmos resultados possam ser obtidos nas áreas verdes em que a gestão é assegurada pelas autarquias locais.

 

Nas intervenções do edil e do vereador, ficou bem patente que as alterações climáticas já são um problema do presente e um factor determinante na existência de períodos de seca prolongada. De acordo com Sá Fernandes, o consumo de água para regas na cidade de Lisboa foi reduzido para metade nos últimos quatro anos, apesar de a área verde ter aumentado em cerca de 200 hectares. Tal foi possível graças a um esforço de adaptação e à implementação de sistemas inteligentes, de que são exemplos o Campo Grande e o Parque Eduardo VII.

Para 2018, prevê-se que a ETAR de Alcântara possa encaminhar água reciclada, não potável, para rega e limpeza de ruas na zona ribeirinha, de Alcântara ao Campo das Cebolas.

As medidas a ser implementadas pelo Município encontram-se na íntegra neste endereço.

 

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