Sociedade

Projecto social ajuda a gerar emprego

A Câmara Municipal de Lisboa e seis entidades privadas e públicas assinaram um memorando de entendimento que visa promover iniciativas geradoras de coesão social e de emprego na Freguesia de Marvila, apostando também no combate ao abandono escolar. A cerimónia decorreu na Escola Básica 2,3 de Marvila.
O projecto de Desenvolvimento Comunitário da Malha Urbana 1 da Zona Oriental de Lisboa, com a duração de três anos, terá um custo de 100 mil euros e visa um trabalho conjunto de várias instituições, nomeadamente, Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Marvila, Fundação Benfica, Gebalis, Fundação EDP, Grupo de Parceiros 4 Crescente e Agrupamento de Escolas Marvila.
Tem como objectivo diminuir as taxas de desemprego, apostar nas crianças e jovens em risco, de modo a combater uma das
maiores taxas de abandono escolar em Lisboa, fomentar a inclusão social activa e melhorar as condições de vida. Desse modo, contempla três eixos de intervenção prioritários: crianças e jovens em risco; empreendedorismo e empregabilidade; desenvolvimento e capacitação comunitários. Os bairros municipais que vão ser abrangidos por este projecto são os dos Alfinetes, Marquês de Abrantes, Quinta do Chalé e Quinta das Salgadas, onde residem cerca de seis mil pessoas.
António Costa, presidente da Câmara Municipal, acredita que se trata de uma “grande oportunidade para a cidade e para Marvila, onde grande parte da população é jovem”, pois irá “preencher vazios urbanísticos nesta zona com actividades económicas, emprego e habitação de outro tipo”. Vem dar conformidade aos equipamentos que vão surgir como “o novo Hospital Central de Todos os Santos e a nova Loja do Cidadão”. Refere ainda que este projecto “servirá de exemplo para replicar este modelo de trabalho noutros pontos da cidade igualmente vulneráveis”. Revela, também, que este protocolo traz algo de novo, a delegação de competências no domínio de intervenção comunitária para a Junta de Freguesia. “Pois são eles que conhecem de perto a realidade que é vivida nos bairros, são eles que estão no terreno”. Termina dizendo que “com este projecto aprendemos a trabalhar em conjunto para servir melhor a cidade de Lisboa”.
Belarmino Silva, presidente da Junta de Freguesia, aproveitou a ocasião para agradecer publicamente a todas as instituições que se associaram a esta causa, pois “sendo esta uma freguesia de grandes carências não seria possível chegar até aqui de outra forma”, por isso “recebemos de braços abertos este projecto”. Guilherme Pereira, da Fundação EDP, ressalvou que “esta iniciativa não se resume a investir dinheiro pois há recursos humanos envolvidos, estamos convictos de que o esforço valerá a pena”. No entanto, salienta que “os resultados vão depender dos próprios beneficiários”.
Para Carlos Móia, presidente executivo da Fundação Benfica, “não podemos ficar à espera de ver o que o Estado pode fazer. Nós, sociedade civil, temos a obrigação de fazer cada vez mais para contrariar estes tempos difíceis que se avizinham e este protocolo reflecte isso mesmo”.
Paralelamente a esta iniciativa foi assinado um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Fundação Benfica, determinando o apoio a conceder ao programa desportivo “Para Ti, Se Não Faltares”, que integra o memorando de entendimento entre as sete entidades parceiras no projecto. O objectivo é apoiar os jovens em risco de exclusão da zona de Marvila e, por isso, cabe à instituição garantir aos mais novos equipamentos desportivos, aulas, refeições e ajudar a melhorar as condições em geral.

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