Sociedade

O Futuro das Colectividades

 

_Colectividades Futuro11-5-2013) (11)Discutir o futuro das colectividades e a importância dos jovens para a sobrevivência das mesmas, foi o mote para o encontro realizado, pela Junta de Freguesia de São João, para  debater o futuro das associações.

Promovido pelo pelouro da Cultura, o debate contou com a intervenção de Emanuela Monteiro, da Associação de Estudantes da Escola Profissional de Hotelaria e Turismo de Lisboa; Manuel Vaz, do União Clube da Curraleira; Hugo Valadas, do Clube Musical União; Pedro Jesus, Presidente do Ginásio do Alto Pina; Pedro Franco, Presidente da Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa; e António Pinho, da Confederação Portuguesa das Colectividades. Todos deram o seu parecer sobre o trabalho que tem sido desenvolvido pelas associações e enalteceram a necessidade de que os moradores continuem a privilegiar este espaço para a prática de actividades desportivas, lúdicas e culturais.

Fazer frente às dificuldades

Manuel Ferreira, vogal da cultura da Junta de Freguesia de São João, e moderador do encontro, considera que “as associações são de_Colectividades Futuro11-5-2013) (8) total importância, pois servem para suprir carências de várias formas”.

Para os diferentes oradores presentes, é um facto que as colectividades têm, ao longo dos anos, perdido a importância que tinham, motivo pelo qual se encontram em grandes dificuldades financeiras. No entanto, com actual crise financeira, tem-se verificado que este é um lugar onde as pessoas procuram o conforto dos amigos, para poderem desabafar.

É precisamente este espírito de união e solidariedade que é defendido pelo presidente da autarquia local, José Maria Bento, como uma forma de fazer renascer as colectividades. “Devemos, cada vez mais, encarar a nossa vida numa perspectiva de comunidade. Nunca ninguém se conseguiu safar sozinho e se nos mentalizarmos disto, vamos conseguir promover as colectividades”, afirmou o autarca no início do encontro.

Para Pedro Jesus, o futuro das associações passa, também, pela modernização. Para este, tem que se acabar com a ideia de que as colectividades “são apenas tabernas onde as pessoas se reúnem para beber uns copos”. É necessário modernizar as instalações destes clubes , e dedicarem-se a actividades desportivas e recreativas, para se poder fazer frente a ginásios e a clubes, que nascem todos os dias.

Há futuro

_Colectividades Futuro11-5-2013) (9)Apesar das dificuldades vividas, António Pinho revelou que, ao contrário do que acontece nas grandes cidades, como o Porto e Lisboa, nascem novas colectividades todos os dias no país. Um motivo de orgulho para quem recorda que “não existe movimento tão
grande em Portugal como o associativismo”.

Os representantes das colectividades da freguesia reconheceram, ainda, o apoio que têm recebido por parte da junta de freguesia, mas concordam com a opinião do presidente da autarquia local de que “a junta não deve dar dinheiro às colectividades para que elas existam, mas sim apoiá-las e colaborar com elas em projectos que tenham”.

Durante o encontro, concluiu-se, ainda, que os jovens são um elemento fundamental para assegurar a continuidade destas instituições, motivo pelo qual afirmam disponibilizar as suas instalações para todo o tipo de actividades: festas, apresentações, reuniões, actividades desportivas, entre outros.

A freguesia de São João tem quatro colectividades, todas elas com as portas abertas aos moradores. Lideradas por jovens, o objectivo destes dirigentes é voltar a tornar as colectividades num local indispensável e privilegiado para o encontro e a união entre moradores.

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