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Lisboa tem um novo corredor verde

A intervenção artística é no Vale de Alcântara e tem assinatura do artista português Ozearv

A Câmara Municipal de Lisboa convidou o artista urbano OZEARV para transformar um túnel onde outrora passava a ribeira de Alcântara num corredor verde, no âmbito do projecto de recuperação que está a ser realizado pelo Município naquela zona, e que tem por objectivo desenvolver a ligação pedonal e ciclável entre o Parque Florestal de Monsanto e o alto do Parque Eduardo VII e o rio Tejo.

José Carvalho, Aka Ozearv, o artista seleccionado pela Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, tem um vasto percurso artístico e apresenta outras obras em Lisboa, abordando sempre temáticas associadas a elementos naturais, com presença de vegetação e animais, e com uma reconhecida profusão de desenho de traço largo.

A sua nova obra elege os elementos da Terra e da Água – Corredor Verde e Caneiro de Alcântara (antiga Ribeira), acentuando a vertente da vegetação (verde) para o interior do túnel e, a referência à antiga ribeira de Alcântara que agora passa no subsolo, no Caneiro. Deste modo, a intervenção artística estende-se do exterior para o interior do túnel, integrando- se e valorizando a paisagem natural envolvente.

Na pintura do túnel e respectivos acessos, para permitir a leitura do faceamento dos muros de entrada, acentuaram-se as faces, uma vez que a introdução de desenhos iria atenuar o efeito original do desenho arquitetónico e retirar força ao carácter escultórico do projecto. A cor foi introduzida apenas no túnel, para reforçar o contraste com as paredes facetadas a preto e branco da entrada.

Corredor Verde do Vale de Alcântara

O Corredor Verde de Alcântara vai mudar uma extensa parte da cidade, criando uma ligação pedonal e ciclável entre o Parque Florestal de Monsanto e o alto do Parque Eduardo VII e o rio Tejo. Neste jardim foi criado um túnel que permite a passagem por debaixo da linha férrea, atravessando para a Avenida de Ceuta.

O corredor verde, em construção, poderá vir a ser integralmente percorrido a pé ou de bicicleta, sem recurso a veículos motorizados, contribuindo também para uma maior democratização na mobilidade sustentável em algumas áreas com algum grau de isolamento devido aos obstáculos da envolvente.

Articula objectivos de importância ecológica, relacionados com a regularização do sistema hídrico, a recuperação e aumento do coberto vegetal, a continuidade ecológica com o Parque Florestal de Monsanto e a utilização de água reciclada.

Esta intervenção abrange cerca de 13 hectares, ao longo de mais de 3 km, harmonizando corredores ciclo-pedonais, novos espaços verdes, mais e melhor iluminação, utilização de água reciclada para rega, equipamento urbano e mais de 700 novas árvores.

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