A primeira edição do Prémio Vasco Graça Moura – Cidadania Cultural foi atribuído ao escritor e ensaísta Eduardo Lourenço.
Trata-se de um prémio instituído pela Estoril Sol em parceria com a Editora Babel, com periodicidade anual e no valor de 40 mil euros.
Nos termos do Regulamento, o Prémio Vasco Graça Moura “visa distinguir um escritor, ensaísta, poeta, jornalista, tradutor ou produtor cultural que ao longo da carreira – ou através de uma intervenção inovadora e de excepcional importância -, haja contribuído para dignificar e projectar no espaço público o sector a que pertença”.
A distinção mereceu a unanimidade do Júri, composto por nove elementos, aos quais preside Guilherme D`Oliveira Martins, e que conta com representantes da Babel e da Estoril Sol.
Conforme pode ler-se na acta do Júri, “Trata-se de uma personalidade multifacetada que se singulariza pela coerência entre um pensamento independente e aberto e uma permanente atenção à sociedade portuguesa, à sua cultura, numa perspetiva universalista, avultando a reflexão sobre uma Europa aberta ao mundo e nunca fechada numa qualquer fortaleza encerrada no egoísmo e no preconceito. Em tempos de incerteza trata-se de uma voz de esperança, que apela ao diálogo e à paz, com salvaguarda da liberdade de consciência e do sentido crítico. A sua heterodoxia mantem-se viva e atual em nome do compromisso cívico com a liberdade e a responsabilidade solidária”.
Eduardo Lourenço é tido como um dos mais notáveis filósofos e ensaístas portugueses. Foi distinguido com diversos prémios ao longo do tempo, dos quais se destacam o Prémio Pessoa, o Prémio Europeu do Ensaio “Charles Veillon”, pelo conjunto da sua obra, os Prémios António Sérgio, Vergílio Ferreira e o Prémio Camões. Foi ainda condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique (Grande Oficial).
