Filhos dos Olivais no Cinema da Encarnação

O Cinema da Encarnação, Associação Desportiva e Cultural da Encarnação e Olivais (ADCEO), recebeu um dia de intensa actividade cultural com o evento Filhos dos Olivais.

A iniciativa juntou literatura, arte e música num só espaço e no mesmo dia. Paulo Costa, o principal responsável, explica ao EXPRESSO do Oriente que tudo começou com um convite aos The Poppers para tocarem de novo nos Olivais. O restante programa foi ganhando forma: “surgiu a oportunidade de juntarmos a apresentação de livros e sessões de autógrafos e de convidarmos vários artistas a expor as suas obras”.

O dia incluiu a apresentação do livro “Agora mesmo” de Teresa Maria Queiroz, com direito a uma participação musical com guitarra e flauta transversal, bem como a apresentação e sessão de autógrafos das obras de Fernando Dias Antunes, João Rebocho Pais, António Pedro Ribeiro, Anabela Almeida e Afonso de Melo. As exposições de pintura, desenho e fotografia acrescentaram outras cores ao evento, com mais de uma dezena de artistas convidados. Com “Punk is not Daddy”, Edgar Pêra protagonizou uma mostra de filmes.

A primeira edição de Filhos dos Olivais não terminou sem a atracção principal, com a música dos The Poppers, mas também dos Jam & Out e Totalmente Demais. Perante uma plateia com mais de uma centena e meia de pessoas, as bandas deram um autêntico show, desde o samba de Caetano Veloso (Totalmente Demais) ao rock clássico dos Beatles e dos Rolling Stones (Jam & Out). No final, coube aosThe Poppers “partir a loiça toda” com os seus originais que puseram ao rubro o seu público fiel.

Destaca-se ainda a componente solidária da iniciativa: realizou-se uma recolha de alimentos que serão encaminhados para famílias carenciadas.

“Olivais mexe com as pessoas”, afirma Paulo Costa, “mesmo quem não mora cá continua a encontrar-se em jantares, a manter os laços nas redes sociais, etc”. A ideia resume-se na inscrição em letras garrafais, visível para todos os que visitaram a galeria de exposições: “Nós até podemos sair dos Olivais, mas os Olivais nunca sai de nós”.