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Festival “ORIENTE-SE” termina com tributo a Florbela Espanca

O Festival de Teatro Amador “ORIENTE-SE” culminou no dia 4 de Novembro com a sua sexta representação, por meio do Grupo Teatro Renascer, de Esmoriz.

A poesia esteve na ordem do dia no encerramento do festival, que encheu as cadeiras do Auditório Fernando Pessa, na Casa dos Direitos Sociais, em Marvila. A vida e obra de Florbela Espanca foram evocadas pelo Grupo Teatro Renascer, vindo de Esmoriz, numa actuação muitíssimo aplaudida.

“Flor Alma Espanca”, o nome da peça a que o Jornal EXPRESSO do Oriente assistiu, trouxe-nos um olhar sobre os dias inquietos desta poetisa portuguesa que perseguiu o amor toda a sua vida. Incompreendida, apenas queria “amar perdidamente”.

Em palco, actores amadores de uma grande abrangência etária e talento indiscutível retrataram pedaços das vivências de Florbela Espanca, episódios das suas relações com os pais e os maridos, sempre rodeada de sombras, num jogo de luzes muito bem conseguido. O público ovacionou com determinação.

O Festival “ORIENTE-SE” assinalou com seis espectáculos o 20.º aniversário do Teatro Contra Senso e contou com o actor Pedro Górgia como padrinho. Entre os dias 30 de Setembro e 4 de Novembro, grupos de teatro amador de Pontével, Vila do Conde, Fafe, Ovar, Esmoriz e Vila Nova de Gaia apresentaram o produto do seu trabalho, num evento que resultou numa grande festa do teatro.

Em nome do Teatro Contra Senso, a presidente Sandra Mestre avalia o festival em declarações ao nosso Jornal: “Foi para nós uma experiência muito gratificante e muito emocionante porque no fundo pudemos retribuir o carinho a estes 6 grupos de teatro que tão bem nos tinham recebido quando os visitámos. Ficou uma sensação de partilha, de responsabilidade, de querer mostrar o melhor de nós, de Marvila e de Lisboa”.

A responsável resume ainda: “Foram momentos muito intensos que passámos junto destes grupos e ficámos todos de coração cheio. Uma sensação de missão cumprida!”.

Quanto ao padrinho, Pedro Górgia, Sandra Mestre destaca o apoio incondicional e o trabalho de divulgação do Festival: “Foi o melhor padrinho que podíamos ter escolhido. Não pôde estar no encerramento porque se encontrava no Norte do País, em trabalho, mas divulgou bastante o nosso festival junto do público. Ele que deu os primeiros passos no teatro amador, em Carnide, e que tem lá dentro o bichinho do teatro, apesar de viver ultimamente mais da televisão”.

Por último, resta dizer que o Teatro Contra Senso apresenta no Auditório Fernando Pessa, nos dias 1 e 2 de Dezembro, “Coita d’Amor”. Trata-se da reposição de uma peça apresentada pela primeira vez há 23 anos, ainda antes da fundação oficial do grupo. A não perder!

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