Sociedade

Fomos visitar o novo Mercado Agrobio

 resized_Mercado Agrobio (14)No Jardim Botto Machado, lado a lado com a Feira da Ladra, um novo mercado recebe os lisboetas desde o dia 19 de Março: o Mercado Agrobio de São Vicente.

Trata-se de um espaço que resulta de um protocolo protocolo tripartido entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Junta de Freguesia de São Vicente e a Agrobio que oferece aos consumidores a possibilidade de encontrar produtos de origem biológica de qualidade.

O recinto da feira enche-se com todo o tipo de velharias e em cada recanto há um lençol estendido ou um caixote cheio de sabe-Deus-o-quê… Mas no Jardim Botto Machado, numa espécie de oásis onde não há confusão nem ruído, os espinafres, as ervas, as azeitonas e a fruta fazem uma festa diferente, feita de cores e aromas.

No dia da inauguração, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Duarte Cordeiro, fez-se acompanhar da presidente da Junta de Freguesia de São Vicente, Natalina Moura, e do presidente da Agrobio, Jaime Ferreira. Na altura, Duarte Cordeiro mencionou o contributo do equipamento para a promoção de escolhas alimentares saudáveis e no apoio aos agricultores portugueses, além de funcionar como pólo dinamizador do Jardim Botto Machado. Anunciou ainda a abertura de um espaço semelhante no Parque das Nações.

Desde então, todos os sábados, entre as 8 e as 14 horas, o novo Mercado Agrobio abre as portas aos visitantes, com as verduras e as frutas coloridas a contrastar com a azáfama de geringonças e tralhas da Feira da Ladra, do lado de fora do jardim.

resized_Mercado Agrobio (10)Emília Figueiredo é uma das vendedoras que encontramos atrás do balcão. Tem batata, cebola, azeitona, tremoços, feijão, grão, fruta, figos, azeite… “É à vontade do freguês!”, resume. Perguntamos como está a correr, responde que “não tem corrido da melhor maneira”, embora confie que “vai melhorar com certeza, sobretudo se for melhor divulgado”. “Acho que é uma boa ideia e se as pessoas se habituarem pode melhorar muito. Também estamos no Campo Pequeno, só com produtos biológicos, a ideia é que aqui possa ser tão bom como lá”, conta Emília.

Edgar Almeida é o seu vizinho do lado. Também pensa que o mercado está pouco divulgado e acrescenta que “talvez a localização não seja a melhor: além de o Jardim agora estar tapado e não oferecer muita visibilidade, os residentes evitam um pouco esta zona por causa da confusão da feira… talvez no Largo da Graça fosse melhor para nós”.

Edgar apresenta na sua banca pão, queijo, ervas aromáticas, azeitonas… “Tentamos ter um produto transformado, menos produtos frescos. Temos uma marca própria, a MotherBio, que inclui misturas de sal, misturas de infusões, as nossas grânulas, farelos, flocos, sementes”… A lista continua.

Sara Perdigão apresenta-nos o contrário: uma banca cheia de produtos frescos: acelgas, espinafres, couve, bróculos, alface, alho francês, alho fresco. Baseada na experiência das outras bancas no Campo Pequeno e em Telheiras, explica que a clientela é 50% portuguesa, 50% estrangeira. Acrescenta que ali em São Vicente já tem vários clientes fixos, alguns deles moradores, que começam a fazer as suas compras a partir das 10 horas, nunca antes. Se pudesse mudar algo, confessa que colocava as bancas “mais junto da entrada do jardim, a fazer um circuito mais fechado”.

Clientes satisfeitos

Também ouvimos alguns clientes. Susana Serrazina visita pela primeira vez o Mercado Agrobio: “O primeiro impacto está a ser positivo. Os produtos têm todos bom aspecto, as pessoas são todas muito simpáticas, está a ser uma boa experiência!”.

Perguntamos o que leva no saco: “Já aqui levo figos e agora estamos a comprar acelgas, piri-piri e nabos. Temos uma horta em casa e temos muitas ervas aromáticas, portanto acabamos por não frequentar muito este tipo de mercados. Seja como for, hoje viemos experimentar e não podíamos deixar de levar qualquer coisa”.

resized_Mercado Agrobio (2)Também Tomás Nunes se estreia no Mercado Agrobio: “Vim de propósito porque ouvi falar na abertura deste mercado e até agora ainda não tinha podido vir visitá-lo. A primeira impressão é boa, porque ainda não provei nada”… Confessa ser “um grande fã dos produtos biológicos e do comércio de proximidade” e por isso afirma: “só posso considerar esta iniciativa excelente! Oxalá tenha uma boa adesão e possa manter-se e crescer, seria sinal de que as pessoas valorizam estes produtos e escolhas mais saudáveis”.

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