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100 anos da Sociedade das Nações em exposição

O Instituto de História Contemporânea promove uma exposição sobre a história e os legados da Sociedade das Nações, a instituição criada em 1920, que daria origem, em 1945, à Organização das Nações Unidas (ONU). 

A exposição procura proporcionar uma visão internacional e transnacional da instituição, focando também o envolvimento de personalidades portuguesas na sua história — tanto as oficiais, como as da sociedade civil.

Pedro Aires Oliveira, coordenador científico da exposição, realça que a exposição tem como objectivos “dar a conhecer a um público mais amplo uma experiência realmente inovadora, o culminar de muitas reflexões e utopias que visaram tornar mais justas e pacíficas as relações entre comunidades” e também “criar um espírito cosmopolita que estimulasse a procura de soluções não-nacionalistas para problemas que afectam toda a humanidade”, bem como “estimular um maior interesse pela participação portuguesa na Sociedade das Nações, em muitos aspectos ainda mal conhecida”.

Do acervo da exposição fazem parte documentos e objectos do Arquivo da ONU em Genebra, do Arquivo Histórico-Diplomático do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Biblioteca Nacional.  A exposição estará patente na Biblioteca Nacional de Portugal, entre os dias 21 de Janeiro e 24 de Abril de 2020, com entrada livre.

No decurso da exposição, será também lançado um catálogo e, no dia 13 de Fevereiro, será projectada uma cópia restaurada do “Wilson” (Henry King, 1944), na Cinemateca Portuguesa.

Contexto histórico:

Estabelecida no rescaldo da I Guerra Mundial, aquando da elaboração do Tratado de Versalhes, a Sociedade das Nações constituiu-se como uma primeira tentativa de dotar a sociedade internacional de um mecanismo de segurança colectiva que pudesse evitar uma catástrofe como a que teve lugar entre 1914 e 1918, ao mesmo tempo que encorajava a procura de respostas concertadas para problemas globais. A sua vigência foi acidentada, não tendo conseguido prevenir uma nova conflagração mundial em 1939. Mas a utopia que a animou – fazer com que as relações internacionais não ficassem reféns da lei do mais forte – continuou a inspirar reformadores e líderes visionários, sendo retomada em 1945, no momento de instituir a Organização das Nações Unidas.

[imagem: https://www.loc.gov/resource/hec.30339/]

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