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1.º Encontro Internacional “Mente, Cérebro e Educação”

O Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa e a Escola Secundária António Damásio juntaram-se para promover o 1.º Encontro Internacional “Mente, Cérebro e Educação”, que decorreu nos dias 12 e 13 de Dezembro.

A organização conjunta materializou-se num programa de dois dias, recheado de conferências e debates nos dois estabelecimentos de ensino, contando com a participação de cientistas e investigadores, incluindo especialistas de Cambridge e Tel Aviv.

O encontro contou ainda com a participação de Alexandre Castro Caldas e António Pinto da Cruz, em representação dos organismos organizadores, mas também da reitora da UCP, do secretário de Estado da Educação, da sub-directora geral da Educação, da presidente do Conselho Nacional da Educação e da vice-presidente da Ordem dos Psicólogos.

As neurociências, a psicologia e as ciências da educação desdobraram-se enquanto temas da discussão, que foi desenvolvida perante uma imensa plateia de agentes interessados: professores, educadores de infância, psicólogos e terapeutas, eventualmente também alguns pais e encarregados de educação.

Ao nosso microfone, a representante da Comissão Coordenadora do Encontro, Joana Rato, explicava, já na recta final dos trabalhos:

“Já trabalhamos há algum tempo na ligação entre as descobertas neurocientíficas e qual deveria ser a partilha com os professores, do que é útil para a prática educativa. Chegámos à conclusão de que existem muitas coisas que não podemos transferir de imediato, ou seja, que é preciso fazer um trabalho de terreno, nas escolas, com os professores. A informação não chega aos professores porque é muitas vezes trabalhada em laboratório, em ambientes fechados. A formação dos professores tem sido uma preocupação precisamente para podermos ser críticos em relação às novidades neurocientíficas. Temos de ir digerindo tudo isso e estudar com os nossos alunos, na sala de aula, nos ambientes complexos e com o apoio dos professores”.

Referindo-se aos objectivos do 1.º Encontro Internacional “Mente, Cérebro e Educação”, a investigadora afirmou ainda: “Temos de permitir aos professores e aos psicólogos e terapeutas ouvir e compreender os cientistas e o seu jargão científico, aproximá-los e pô-los em diálogo. Há congressos para uns e para outros, mas não se costumam envolver, por isso procuramos aqui o diálogo de saberes. Tenho recebido feedback extremamente positivo quer de psicólogos, quer de professores, quer dos especialistas que tivemos como oradores. Agora queremos dar continuidade a este trabalho, propor projectos colaborativos entre a investigação, a ciência e a escola e continuar a estabelecer pontes. E já agora, começar desde já a pensar num segundo encontro!”.

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