A Assembleia de Freguesia do Parque das Nações aprovou, por maioria, a substituição de dois vogais da autarquia, uma proposta de José Moreno, presidente da Junta de Freguesia. Na sequência da renúncia dos vogais Paulo Andrade e José Figueiredo Costa, o executivo da Junta de Freguesia do Parque das Nações integrou dois novos elementos: Luís Lucas (do Movimento Cívico Parque das Nações Por Nós) e João Franco (do Partido Socialista). A integração do vogal socialista reforça o acordo de coligação celebrado entre o PNPN e o PS, a segunda força partidária mais votada nas eleições autárquicas de 2013 para a Assembleia de Freguesia do Parque das Nações. A sessão extraordinária da Assembleia de Freguesia, realizada no salão paroquial da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, contou com uma grande afluência de fregueses. No primeiro ponto da ordem de trabalhos, que previa a intervenção dos cidadãos, foram vários os que manifestaram o seu descontentamento e desilusão pelo estado de degradação a que chegaram o espaço público e os espaços verdes da freguesia. No segundo ponto da ordem de trabalhos para a eleição dos dois novos vogais resultou a seguinte votação: Nove votos a favor, um voto contra, dois votos brancos e um voto nulo resultaram na aprovação, por larga maioria.
Um acordo “em prol da freguesia”
O presidente José Moreno, em declarações ao Jornal EXPRESSO do Oriente, fala de um “acordo de coligação feito em prol da freguesia”, através do qual foi possível “ultrapassar através do diálogo as divergências e diferenças em termos programáticos que poderia haver”. Reconhecendo haver “uma aproximação entre os princípios e o programa do PNPN e do PS para a cidade e para a freguesia”, o autarca garante que “o acordo serve os interesses da freguesia e do concelho”. Confirma ainda que haverá lugar a uma nova “distribuição dos pelouros de acordo com a remodelação necessária”. Na qualidade de coordenador do secretariado do Partido Socialista nos Olivais e Parque das Nações, José Manuel Rosa do Egipto explica ao nosso jornal que o partido foi “confrontado com um pedido de acordo de coligação por parte do PNPN e, analisados os prós e os contras, o PS entendeu aceitar as condições desse mesmo acordo”. Rosa do Egipto afirma que “o PS não quer fazer parte do problema, mas da solução… a questão de fundo é que entendemos que a junta de freguesia poderá corresponder melhor às necessidades dos fregueses e às dificuldades inerentes à construção de uma freguesia de raiz, no contexto de uma reforma administrativa que resultou na transferência de competências feitas pelo Câmara Municipal, para a junta de freguesia onde os eleitos ganharam as eleições sem nenhuma experiência autárquica”. O coordenador local do PS finaliza afirmando que “o acordo tem essencialmente a ver com as necessidades das pessoas, aquilo que as pessoas estão à espera que a autarquia execute, mantenha e renove. Pensamos que somos os mais bem colocados porque também gerimos a Câmara Municipal e há aqui uma sinergia entre aquilo que é local e aquilo que é municipal. A função dos vogais agora eleitos, e de João Franco em particular, é ajudar a resolver os problemas. Queremos alcançar esse desiderato com este acordo”.
