ADAL contra contentores junto ao Tejo

A ADAL – Associação de Defesa do Ambiente de Loures emitiu um comunicado de denúncia daquilo que considera ser um retrocesso na requalificação da frente ribeirinha do Tejo no concelho de Loures.

Numa nota enviada à redacção do EXPRESSO do Oriente, a ADAL contextualiza a sua tomada de posição com a nova concessão da IP – Infraestruturas de Portugal do parque sul do Complexo Ferroviário da Bobadela, “em contra-ciclo com o curso de conversão e requalificação da Frente Ribeirinha do Tejo em Loures”.

Refere a associação que “A insensata decisão e o seu despropósito são não apenas surpreendentes, como susceptíveis de configurar grave penalização para o Estado português e os contribuintes, quando é sabido que as Câmaras Municipais de Loures e Lisboa e o Governo português pretendem acolher naquele espaço as Jornadas Mundiais da Juventude a realizar em 2022. Ao realizar uma concessão por cinco anos com possibilidades de renovação por mais dois anos, a IP-Infraestruturas de Portugal, está a criar condições para que o operador privado de contentores venha a receber uma importante indemnização, caso venha a ser removida a sua concessão para a implantação das infraestruturas das Jornadas Mundiais da Juventude”.

Classificando a decisão de “inqualificável, pelos prejuízos, atrasos e condicionamentos que provoca à requalificação da Frente Ribeirinha, ao ambiente da zona oriental de Loures e à qualidade de vida das populações”, a ADAL dá conta do seu “mais veemente protesto” e exige “uma actuação imediata, firme e inequívoca do Governo, que tutela a IP – Infraestruturas de Portugal”.

Listando três exigências, a ADAL pretende ver erradicados “os problemas da desqualificação territorial, ambiental e económica”, a elaboração “urgente” de um Plano de Ordenamento para a Frente Ribeirinha do Tejo, e uma concertação entre o Governo, as autarquias, as empresas e os cidadãos para a concretização desse plano.