Reportagem

Carnide (e Lisboa) ganham uma Casa das Artes

Chama-se “Boutique da Cultura” e reúne num só espaço uma incubadora de artes, uma livraria solidária e a nova Casa das Artes de Carnide.

A Boutique da Cultura já existia, mas precisava de casa. Albergada nas instalações da Junta de Freguesia de Carnide, em que chamou lar ao Espaço Bento Martins durante seis anos, concorreu ao Orçamento Participativo de Lisboa e conseguiu mobilizar a população em torno do seu objectivo. O resultado está à vista: Carnide – e a cidade de Lisboa – ganharam uma nova Casa das Artes.

Na Avenida do Colégio Militar, pouco depois do parque de estacionamento da EMEL, como quem vai do centro comercial Colombo para o Largo da Luz, existe agora um edifício em monoblocos que, observado por fora, dá uma ideia errada (por defeito) do espaço disponível no interior. É que acaba por ser enorme!

A cerimónia de inauguração contou com a presença de cerca de 150 pessoas, tendo sido descerrada uma placa comemorativa por parte do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, Paulo Quaresma, responsável pela Boutique da Cultura, e a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto. Também participaram no momento Edmundo Martinho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, os vereadores Paula Marques, Manuel Grilo e João Ferreira, o autarca local de Carnide, Fábio Sousa, e a presidente da Assembleia Municipal, Helena Roseta.

Feitas as contas, a Boutique da Cultura é agora um espaço de cerca de 500 metros quadrados com dois andares, auditório, estúdio de gravações, incubadora de artes e livraria solidária, uma autêntica “colmeia de gente cheia de garra e de ideias”, como a descreveu Paulo Quaresma. O responsável não se esqueceu de agradecer a parceria de longa data com a Crescer a Cores e a Azimute Radical, nem o impulso do programa BIP-ZIP da Câmara Municipal de Lisboa, nem o financiamento da Santa Casa que, aliado ao “mealheiro” das iniciativas, permitiu concretizar um projecto que superou em 75 mil euros o montante legalmente atribuído pelo OP Lisboa (150 mil euros).

Na ocasião, Fernando Medina elogiou os carnidenses pela “mobilização em torno de um equipamento importante para a cidade de Lisboa” e Helena Roseta citou Natália Correia para realçar essa mesma importância: “Ó subalimentados do sonho! / A poesia é para comer”.

Seguiu-se uma visita às instalações, animada por um momento musical, e um beberete para brindar a uma longa vida na Boutique da Cultura!

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