A Marcha do Alto do Pina não vai competir no concurso das Marchas Populares deste ano, interrompendo uma presença que durava desde 1932!
Quer isto dizer que não veremos os marchantes do Alto do Pina a descer a Avenida da Liberdade este ano, na sequência de uma mudança no regulamento que exclui do concurso do ano seguinte as três últimas classificadas de cada ano.
Recorde-se que, no concurso de 2017, a Marcha de Santa Engrácia ficou no último lugar, antecedida da de Benfica. Empatadas com os mesmos pontos na 17.ª posição, ficaram as Marchas do Alto do Pina e Belém. No desempate realizado pela EGEAC, por sorteio, o azar da derrota coube ao Alto do Pina.
Pedro Jesus, representante do Ginásio do Alto do Pina, falou na terça-feira, dia 30 de Janeiro, aos deputados da Assembleia Municipal de Lisboa para demonstrar o seu “descontentamento pela forma como a administração da EGEAC [Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural] se tem comportado no último ano e meio, relativamente às marchas de Lisboa”, segundo adianta a Lusa.
“A marcha do Alto do Pina é pioneira desde 1932 neste grande evento que são as Festas de Lisboa e as marchas populares, em 2012 representámos o município de Lisboa em Macau e em 2016 igualmente. Somos medalha de Mérito Municipal grau ouro e instituição de interesse público municipal”, afirmou Pedro Jesus.
Na sua opinião, a alteração ao regulamento vigente só deveria entrar em vigor em 2019 e não devia ser posta em prática sem aprovação das marchas. O responsável explicou ainda que 21 marchas unidas fizeram uma proposta ao Conselho de Administração da EGEAC, no sentido de adiar a entrada em vigor para o sorteio de 2019, uma proposta entregue no início de Dezembro. A resposta da EGEAC foi negativa.
Explorando outra via, o Ginásio do Alto do Pina entregou na Assembleia Municipal uma petição pela readmissão da sua Marcha no concurso de 2018.
