Cumpriram-se este domingo, 6 de Outubro, as Eleições Legislativas para a XIV Legislatura. O PS venceu as eleições sem maioria absoluta, tal como indicavam as sondagens mais recentes.
Na altura da redacção deste artigo, na madrugada de segunda-feira, 7 de Outubro, falta apurar apenas os quatro mandatos dos círculos da emigração e são já conhecidos os resultados a nível nacional.
O PS conquista a maioria na Assembleia da República, com uma votação na ordem dos 36,7%, seguindo-se o PSD como segunda força política mais votada, com 27,9%. O Bloco de Esquerda reuniu 9,7% dos votos, a CDU 6,5%, o CDS-PP 4,3% e o PAN 3,3%. Entre os partidos políticos que não tinham assento parlamentar até aqui mas que agora conquistaram esse direito contam-se o Chega e a Iniciativa Liberal, com 1,3%, e o Livre, com 1,1%.
De fora do Parlamento ficam todas as restantes forças partidárias que se apresentaram às eleições: Aliança, RIR, PTCP/MRPP, PNR, MPT, Nós, Cidadãos, PURP, JPP, PDR, PPM, PTP e MAS, aqui apresentados por ordem decrescente de número de votos.
A abstenção atingiu o valor mais alto em Eleições Legislativas, fixando-se nos 45,50%, a que se somam os votos brancos e nulos com, respectivamente, 2,5% e 1,7%.
Assim sendo, o PS elege 106 deputados, o PSD elege 77 deputados, o BE 19, a CDU 12, o CDS cinco, o PAN três e o Chega, a Iniciativa Liberal e o Livre elegem um deputado cada um. Recorde-se que, segundo estes dados, ainda faltam atribuir quatro mandatos.
Estes números, além de significarem individualmente a entrada de três novas forças políticas no Parlamento (e, portanto, três novas forças a receberem subvenções do Estado), representam um recorde de partidos com assento parlamentar: dez.
Dos partidos que já estavam representados no Parlamento, PS e PAN são os únicos a somar deputados à anterior composição das suas bancadas: o PS conta neste momento com mais 20 deputados, o PAN com mais três. Os restantes partidos perdem deputados, com excepção do BE que mantém os seus 19.
Segue-se a audição dos partidos com representação parlamentar por parte do Presidente da República, tendo em vista a indigitação do primeiro-ministro. As audiências acontecem já esta terça-feira, dia 8 de Outubro.