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“Mea Culpa” vence o Prémio Literário Agustina Bessa-Luís

resized_carla-pais-mea-culpaO Júri escolheu “Mea Culpa”, de Carla Pais, como romance vencedor em 2016 do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís.

Com o romance “Mea Culpa”, Carla Marisa Pais, aos 37 anos, sagrou-se vencedora da 9.ª edição do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís, por maioria do Júri, presidido por Guilherme D `Oliveira Martins. O Prémio foi instituído pela primeira vez, em 2008, pela Estoril Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da Empresa.

Ao eleger “Mea Culpa”, o júri considerou tratar-se de “um romance que transporta o leitor para um duro patamar de existência humana e social. Miséria e decadência sob formas violentas que vão do incesto a diversos modos de servidão, circunscrevem relações humanas envenenadas por injustiças e desesperos”.

O Júri reconheceu, ainda, que “ a linguagem do romance é ela própria atraentemente crua e distanciada, embora sem nunca perder o sentido da sua orientação literária, quer na riqueza vocabular e imagística quer no alcance da construção narrativa, quer ainda no modo como a memória da poesia acaba por ocupar uma espécie de espaço de luz em vidas dela afastadas”.

De acordo com a acta que distingue o original de Carla Pais, “Mea Culpa”(…) “é um romance feito de muitas dores humanas, mas também de esperança”. A autora, Carla Marisa Pais, nasceu em Leiria, residindo presentemente em Paris, onde trabalha.

O Júri que o atribuiu, além de Guilherme D`Oliveira Martins, que presidiu, em representação do CNC – Centro Nacional de Cultura, integrou José Manuel Mendes, pela Associação Portuguesa de Escritores; Maria Carlos Gil Loureiro, pela Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas; Manuel Frias Martins, pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários; e, ainda, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual e Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.

O Regulamento do Prémio Revelação, a partir desta edição, deixou de estabelecer um limite de idade para os concorrentes, mantendo, contudo, a exigência de serem autores portugueses, com um romance inédito e ”sem qualquer obra publicada no género”. A iniciativa conta, desde o primeiro momento, com o apoio da Editorial Gradiva, que assegura a edição da obra vencedora, através de um protocolo com a Estoril Sol.

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