Grande Prémio de Atletismo assinala 44.º aniversário d’Os Ingleses

Os Ingleses Futebol Clube festejaram mais um aniversário com a realização do 33.º Grande Prémio de Atletismo Cândido de Oliveira: 700 atletas responderam à chamada!

Foram 700 os atletas que se fizeram à estrada, incluindo atletas olímpicos e paralímpicos de renome, como Nuno Alves e Odete Fiúza, Kristina Saltanovic ou Alberto Chaíça, o padrinho da prova, mas também os atletas Hugo Gil e Miguel Quaresma, entre outros.

A prova de seis quilómetros teve como vencedores absolutos os atletas Ricardo Figueiredo, do Centro de Atletismo de Seia, e Laura Bernardo, do Centro Desportivo Universitário de Lisboa (CDUL). Quanto à classificação colectiva, o grande vencedor foi o clube anfitrião, seguido no pódio da Sociedade Filarmónica e Recreativa Artística da Amadora e do União Atlético Povoense. Em 4.º e 5.º classificados ficaram a Fundação CEBI e o Sporting da Reboleira e Damaia.

Os vencedores de cada escalão receberam medalhas e troféus das mãos do vogal do Desporto da Junta de Freguesia dos Olivais, Duarte Carreira, do padrinho da prova, Alberto Chaíça e ainda dos corpos sociais do clube da casa.

Fasquia elevada: ser campeões nacionais

Américo Brito, presidente d’Os Ingleses Futebol Clube, era um homem satisfeito no final da prova: “Vamos no 44.º aniversário e o nosso grande objectivo é atingirmos o título de campeões nacionais num dos escalões em que competimos. Já nos sagrámos vice-campeões em juniores masculinos e femininos, a fasquia tem de estar cada vez mais alta”. O dirigente salientou ainda a participação massiva dos atletas da casa no Grande Prémio e afirmou que apenas tinham faltado 15 atletas que se encontravam a participar nos campeonatos nacionais de orientação.

“Trabalhamos com grande dedicação, grande esforço e espírito de associativismo e estamos muito orgulhosos com os resultados alcançados e com a presença de atletas com esta qualidade”, rematou ainda.

O vereador do Desporto da Câmara de Lisboa, Jorge Máximo, fez questão de participar no certame, apesar de se realizar no dia do aniversário do filho, conforme confessou ao Jornal EXPRESSO do Oriente. Para o vereador, “esta já é uma prova com alguma tradição e isso vê-se pela qualidade dos atletas que aqui estão, praticantes habituais de atletismo”.

Jorge Máximo considera os Olivais “uma freguesia muito activa do ponto de vista do desporto” e Os Ingleses “um clube com grande pujança e vitalidade”. O responsável pelo desporto lisboeta aproveitou para sublinhar a importância da sociedade civil na candidatura da cidade a Capital Europeia do Desporto em 2021. “Esta candidatura só faz sentido se for assumida por toda a gente. Tem de ser uma candidatura das freguesias, dos clubes, das colectividades, em suma, de toda a gente!”.

O microfone aos mais novos

O EXPRESSO do Oriente falou com alguns jovens atletas que tinham acabado de completar as suas corridas. Nádia Sousa, atleta d’Os Ingleses, alcançou o 1.º lugar no escalão de juvenis. Agora com 16 anos, acabados de fazer, Nádia conta-nos que corre há já sete anos: “Por acaso não é uma coisa de família. Começou na escola primária, quando a minha professora chamou os meus pais para lhes dizer que eu corria muito. Como era perto de casa, puseram-me nos Ingleses e aqui estou eu!”.

A jovem atleta gosta muito de correr: “No início levava mais na brincadeira, depois comecei a levar mais a sério, cerca dos 13 anos”. Quando lhe perguntamos se o atletismo ensina alguma lição importante para outras coisas na vida, responde sem dúvidas: “Sim, até mesmo na escola. Dá-nos mais vontade de lutar por aquilo que queremos”.

Bruna Ramos também correu com as cores do clube anfitrião. Aos 11 anos, pratica atletismo desde os 6 e neste Grande Prémio ficou no 5.º lugar da categoria de infantis B. “O meu irmão e o meu pai também corriam e eu comecei a correr e gostei. Quando corro sinto-me bem, contente, feliz”.

A paixão pela corrida resultou de um convite de um colega de trabalho do pai, que viria a ser seu treinador (Américo Brito). Na escola, os colegas por vezes perguntam “como é que eu corro tanto, quais são os truques, se é fácil”. Ela responde que “com o treino habituamo-nos e começamos a melhorar cada vez mais”.

Por último, abordamos ainda Jonathan Rosa, que corre no Sporting da Reboleira e Damaia. Acaba de ser assistido pelos Bombeiros, que lhe fazem um curativo no pé. Chegamos à conclusão de que se magoou a jogar à bola já depois de ter concluído a prova. “Fiquei em 1.º lugar no escalão infantil”, conta-nos, enquanto nos mostra a medalha. Corre desde os 5 anos, por influência da irmã, que também corria.

Ainda bem que não se magoou antes da linha de meta!