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Apresentação do Hub Criativo do Beato

No dia 25 de Julho, a antiga Central Eléctrica da Manutenção Militar do Beato foi o cenário para a apresentação do Hub Criativo do Beato.

Perante uma sala cheia e com muita gente de pé, foi apresentado o modelo de gestão do projecto, uma “visão de futuro”, como afirmava Fernando Medina, que pretende revolucionar um espaço que está sem utilidade há longos anos.

Foi precisamente por aí que começou a sua apresentação Miguel Fontes, director executivo da Startup Lisboa, que explicou as anteriores funções deste complexo de edifícios, cruciais para a alimentação das tropas portuguesas ao longo de décadas.

Mas o futuro reserva algo bem diferente: está a nascer o novo hub empreendedor que vai concentrar grandes empresas internacionais, startups, equipamentos e serviços no Beato, com trabalho para um total estimado de 3000 pessoas, nos 20 edifícios que abrangem uma área de 35 mil metros quadrados.

Um “hub que agregue players que posicionem definitivamente Lisboa como uma cidade aberta, empreendedora, inovadora e criativa”, dizia Miguel Fontes, que depois enunciava o objectivo de “potenciar o ecossistema empreendedor da cidade sem esvaziar os espaços já existentes”.

Como vai ser o Hub Criativo do Beato

Será um espaço livre de automóveis, que além das empresas e startups terá também espaços de restauração e street food, equipamentos sociais como uma creche, zonas verdes e uma forte presença de arte urbana.

O pólo criativo vai entrar em funcionamento no final de 2018 com as primeiras empresas e a EGEAC vai explorar um espaço museológico centrado no passado fabril das instalações.

Enquanto decorrem as apresentações a entidades interessadas em integrar o projecto (mais de 100 apresentações até à data), 20 empresas já formalizaram o interesse. São os casos da Mercedes-Benz, da Unicer e da Factory, uma empresa com sede em Berlim que recebe startups ligadas à área da tecnologia. Também a Web Summit vai ter um espaço seu no Hub Criativo do Beato (HCB).

Cabe à Câmara Municipal de Lisboa assegurar as infraestruturas dos espaços comuns exteriores (rede de águas e esgotos, electricidade, internet e wifi, arruamentos e arranjos exteriores), cabendo aos promotores e entidades a reabilitação dos edifícios. A gestão e programação fica por conta da Startup Lisboa.

Já depois das intervenções dos representantes da Mercedes, da Unicer e da Factory Berlin, a secretária de Estado da Indústria, Ana Lehmann, descreveu o HCB como um dos melhores pólos do género comparando com os que já visitou no mundo inteiro.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, congratulou-se pelos primeiros passos daquilo que considerou ser uma “visão de futuro”: “Quantas cidades da Europa têm esta frente de rio e com possibilidade de a regenerar?”, questionou. Identificando a prioridade de regeneração desta zona ribeirinha da cidade, o autarca salientou o contributo que o HCB trazer enquanto reforço da economia da cidade.

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