Reportagem

Feira Seiscentista do Beato

resized_Feira Seiscentista do Beato (6) resized_Feira Seiscentista do Beato (10) resized_Feira Seiscentista do Beato (40) resized_Feira Seiscentista do Beato (54) resized_Feira Seiscentista do Beato (60)A Feira Seiscentista do Beato trouxe um cheirinho de outras eras ao Largo da Madre de Deus. 60 mil pessoas aderiram à iniciativa.

Passando a fronteira invisível que ficava para lá dos portões da Feira Seiscentista, os visitantes viam-se de repente mergulhados numa atmosfera irreal, transportados para outros tempos.

Os trajes medievais, os animais selvagens, as personagens que faziam recriações históricas, a música da época, todos estes factores contribuíam para fazer o tempo recuar alguns séculos.

Hugo Xambre Pereira, presidente da Junta de Freguesia do Beato, revela ao EXPRESSO do Oriente a ideia-base do certame: “o ano passado fizemos uma Feira Medieval, este ano temos uma Feira Seiscentista e o objectivo é trazer aqui uma feira da refundação da freguesia do Beato em 2017”. O autarca recordou-nos que a fundação do Beato data de 1756 e pretende revisitar o acontecimento no próximo ano.

“Este é o único evento aberto a toda a população de Lisboa e arredores. É uma feira diferente, muito rica, muito completa, com um grande cuidado com o pormenor e que faz emergir uma atmosfera diferente”, considera Hugo Xambre Pereira. E remata: “O meu sonho é fazer um dia uma feira do futuro, «o Beato em 2100»!”.

Percorrendo os “corredores” da feira, os mais de 60 mil visitantes encontravam artigos de artesanato, chás e ervas aromáticas, malas e pulseiras, artigos de vestuário, mas também tendas mais exóticas, como tarólogas e adivinhadoras do baralho cigano. Será que alguma delas previu o vencedor do Euro 2016? Desconhecemos o conteúdo das conversas, porque as sessões eram “à porta fechada”…

Encontrámos corujas, cobras, póneis e aves de rapina, com direito a demonstrações de falcoaria. Quanto aos espectáculos, houve um pouco de tudo, dos faquires aos dominadores de fogo, passando pelas danças orientais e medievais. As recriações históricas situaram o evento no tempo: foram desde a aclamação de D. João IV como rei ao anúncio da restauração da independência e da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como padroeira e Rainha de Portugal.

Uma última palavra de Hugo Xambre Pereira regista o agradecimento a um actor de trabalho quase invisível mas importante: “Destaco o envolvimento da Protecção Civil para tentar incomodar o mínimo os moradores do bairro. É nosso ponto de honra fazer tudo para minimizar o incómodo causado às pessoas que moram em redor da Feira, por quem temos o maior respeito”.

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