A Associação Cultura Sénior (antigo Clube Sénior do Parque das Nações) celebrou o seu 15.º aniversário num serão de animado convívio, coroado com uma Serenata de Coimbra.
Na verdade, o que se festejava era um duplo aniversário: o 15.º ano de existência do Clube Sénior e o sexto aniversário da instalação no Cabeço das Rolas.
O piso superior do edifício que acolhe esta Associação estava completamente lotado, tendo participado nas comemorações mais de 100 pessoas. O ambiente familiar e intimista foi uma constante da festa, espelho fiel do espírito que se vive no seio da Cultura Sénior.
Depois de Mariano Garcia, Presidente da Direcção, abrir a sessão com palavras de boas vindas e uma breve enunciação da história da colectividade, o Grupo de Cavaquinhos fez as delícias dos presentes. E o público cantava: “são as saias do meu amor que andam presas ao meu coração” e “ai morena, dá-me um beijo, rosa minha”…
Em seguida, tomou o “palco improvisado” o convidado Francisco Moita Flores, introduzido pelo amigo Manuel Marques Inácio. Moita Flores falou sobre o tempo, a vida e o envelhecimento activo, não deixando de salientar que não sabe o que é envelhecer. Recordando o poema “Aniversário”, de Fernando Pessoa / Álvaro de Campos, o palestrante fez a apologia do “viver”, mais que o “durar” de que falava o poeta. Discorrendo sobre as diferenças entre o “antigamente” e o “hoje”, Moita Flores lamentou a falta de tempo dos dias em que vivemos e deixou um apelo a todos os presentes: “temos de viver activamente! Perder o tempo de amar, trocar abraços, beijos, sorrisos, afectos… viver activamente todos os amores da nossa vida”!
O Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, José Moreno, destacou a importância da revitalização e valorização do Jardim do Cabeço das Rolas, espaço privilegiado de convívio e de lazer para os moradores, manifestando também total apoio da autarquia local para as actividades da Associação anfitriã.
Depois do sorteio de uma pequena quermesse, chegou a hora da Serenata da Coimbra. O Grupo de Fados e Guitarradas de Coimbra “Porta Férrea” conferiu um brilhantismo especial ao serão, arrebatando o público com a sua interpretação de temas bem conhecidos. Não faltaram o “Fado corrido de Coimbra” ou a “Menina e Moça”, com a inigualável harmonia da viola e da guitarra portuguesa. A camaradagem académica transpirou para a audiência, que soube apreciar tão distinto espectáculo.
Longa vida à Cultura Sénior!
