O Museu do Corpo Nacional de Escutas promove uma semana de iniciativas de carácter cultural e educativo, respondendo ao convite da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), por ocasião do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
As iniciativas decorreram entre os dias 11 e 17 de Abril e incluíram jogos, visitas guiadas e workshops.
Ana Pires da Costa, Secretária Nacional para o Ambiente e Prevenção do Corpo Nacional de Escutas, conta ao EXPRESSO do Oriente que o Museu do CNE aderiu com orgulho ao evento, vocacionando o seu programa pedagógico sobretudo para jovens (escuteiros ou não). O objectivo da iniciativa é promover o património de uma forma lúdica e interessante para os mais novos, dinamizando o Museu do CNE e valorizando a sua colecção.
Essa colecção abrange mais de 1200 peças, desde as vitrines repletas de memórias de eventos importantes para o Escutismo português à sala das insígnias, não esquecendo os lenços tão característicos dos escuteiros. A peça mais antiga do Museu data de 1923: a primeira ordem de serviço diocesana, assinada pelo Coronel Graciliano Marques a 15 de Junho desse ano. Outra peça que chama a atenção dos visitantes é uma moldura que exibe duas comunicações da Direcção dos Serviços de Censura, com data de Julho de 1952, em que é decretada a suspensão da publicação do Jornal “Flor de Liz”.
Chefe Nacional do CNE presente
A cerimónia que marcou o início da semana dedicada ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios contou com a presença do Chefe Nacional do CNE. Representando o poder local, estiveram presentes Silvino Correia, vogal, e Vítor Marques, tesoureiro, ambos da Junta de Freguesia do Beato.
Dirigindo algumas palavras aos presentes, Norberto Correia classificou o Museu como “um espaço privilegiado do Escutismo, onde recordamos aquilo que já se fez e ganhamos força para continuar a deixar a nossa marca e mudar o mundo”. Destacou ainda que o Museu não é “um repositório morto”, mas antes “uma forma de homenagear todos os que contribuíram para a formação de centenas de milhares de jovens que já passaram pelas fileiras do CNE”.
Em jeito de finalização, o Chefe Nacional deixou um desejo: “que o Museu do CNE traga ânimo e revitalize todos os que o visitarem”.